Em resposta à recente atualização do X, de Elon Musk, que amplia o uso de dados de usuários para treinar inteligência artificial, Bruno Bioni, fundador da Data Privacy Brasil, destacou o impacto disso para a proteção de dados. Segundo ele, a nova política da plataforma falha em transparência ao adotar práticas de “dark patterns” – artifícios que dificultam ao usuário a compreensão e o exercício de seus direitos, incluindo a opção de se opor ao uso de seus dados.
Para Bioni, as recentes mudanças nas políticas de privacidade das plataformas refletem um movimento para explorar a inteligência artificial como nova fonte de receita e modelo de negócios. Contudo, ele observa que falta uma transparência ativa nas práticas das big techs, o que dificulta que os usuários exerçam seus direitos de controle sobre seus dados. Segundo ele, as plataformas atualizam as políticas, mas, ao adotar a coleta de dados para IA como padrão, usam “dark patterns” — estruturas que limitam a proteção ao consumidor e enfraquecem os direitos de oposição dos titulares.
A atualização do X removeu também o limite de retenção de dados, permitindo a retenção até o usuário deletá-los ou encerrar sua conta, além de possibilitar o compartilhamento com terceiros. Em nota, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que vai convocar o X para esclarecimentos sobre o uso de dados pessoais no treinamento de IA e que poderá adotar medidas adicionais caso identifique riscos significativos à privacidade.
A matéria completa pode ser acessada por meio do seguinte link: X muda regras para usar dados de usuários no treinamento de IA e compartilhar com terceiros
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