Bruno Bioni destaca desafios estruturais para o avanço da Inteligência Artificial no Brasil

O desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) no Brasil exige mais do que regulamentação: é necessário um investimento robusto em infraestrutura. Bruno Bioni alertou, em recente contribuição para matéria do Núcleo Jornalismo, que o debate sobre IA ainda é superficial, sem considerar impactos ambientais, trabalhistas e de infraestrutura.

“A discussão sobre IA, sobre data centers, ainda é muito acrítica. Há um foco no curto prazo, sobre os ganhos com a potencial vinda de grandes empresas para o Brasil, mas não há um debate sobre as consequências a médio e longo prazo da exploração dessa indústria”, destacou.

Bioni alerta, também, para o risco de práticas extrativistas, onde o país forneceria apenas recursos (energia limpa) sem benefícios econômicos substanciais e questiona se a atração de data centers resultará em condições socioeconômicas e ecológicas sustentáveis a longo prazo.

Outro ponto crítico é a falta de uma infraestrutura nacional de dados, essencial para a soberania digital do Brasil.

Para Bioni, “O que está na antessala da inteligência artificial são dados. É preciso pensar no desenvolvimento próprio de inteligências artificiais, de refinamento de inteligências artificiais, no plural, não no singular, para poder atacar e endereçar as necessidades locais brasileiras, inclusive para sermos competitivos. É uma questão de soberania também[…] precisamos ter (no Brasil) uma infraestrutura representativa dos dados e das necessidades.”

Bruno defende, portanto, que o país deve investir na criação de um ecossistema tecnológico robusto, que estimule a inovação nacional e fortaleça a competitividade brasileira no cenário global.

Mais detalhes podem ser conferidos na matéria do Núcleo Jornalismo.

Arte da capa por Aleksandra Ramos para o Núcleo Jornalismo.

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