Em um artigo sobre o poder das big techs, do portal de notícias Gaúcha ZH, Bruno Bioni ponderou sobre o acúmulo de dados e sua influência:
“A regulação não é uma atividade só do Estado. Quando o consumidor começa a fazer escolhas baseado no histórico reputacional dessas empresas, quando a mídia passa a fazer esse debate, passam a modular o comportamento da sociedade.”
Bioni observa que a teoria da regulação aplicada a novas tecnologias tem três níveis. O primeiro é compreender como esse mercado opera. O segundo envolve redução da assimetria de informação – como a que gerou o irônico comentário de Zuckerberg no Congresso americano –, cobrança de transparência, fixação de regras e responsabilização. Só na terceira vem “a lógica do porrete”, diz, que é a imposição de multas e outras penalidades, como a obrigação de vender partes do negócio.
Para Bioni, o enfrentamento às big techs ainda está na fase final de obtenção de informações para definir medidas mais fortes:
“É preciso esperar a maturação das regulações. Fazendo um paralelo com o Código de Defesa do Consumidor, que levou anos para ser adotado, mas foi decisivo para causar uma mudança social. Ainda é cedo para dizer que as big tech vão controlar o mundo.”
A respeito da possibilidade de Estados frearem essas corporações, dissertou:
“A regulação se presta a isso. Se há diagnóstico de que as ferramentas disponíveis são ineficientes, terão de ser criadas novas. Mas também é preciso esperar a maturação dessas regulações. Fazendo um paralelo com o Código de Defesa do Consumidor, que levou anos para ser adotado, mas foi decisivo para causar uma mudança social. Ainda é cedo para dizer que as big tech vão controlar o mundo.”
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